CAP organiza 8ª edição do Concurso Jovens Agricultores e Ciclo de Conferências
2020-12-04
A CAP organiza pelo 8º ano consecutivo o Concurso Nacional de Jovens Agricultores que elege o melhor jovem agricultor de Portugal, contando também com o apoio da Bayer, da Ascenza, da APED e da Consulai, que constituem o júri do Concurso.
Esta iniciativa tem vindo, anualmente, a ganhar importância e a tornar-se um evento de referência dos jovens agricultores. O vencedor do Concurso tem a oportunidade de representar Portugal no Congresso Europeu de Jovens Agricultores, organizado no Parlamento Europeu, em Bruxelas, e onde nos últimos anos já vencemos o galardão por três vezes, mostrando ao nível europeu o nosso dinamismo, inovação e a qualidade da agricultura Portuguesa.
O lançamento do concurso é acompanhado por um ciclo de conferências regionais de forma a dar a conhecer aos jovens as oportunidades que o sector agrícola oferece.
O ciclo de conferências para este ano teve de ser alterado devido às circunstâncias da COVID19, pelo que a CAP decidiu realizar eventos híbridos, com assistência em sala cumprindo as regras em vigor impostas pela DGS e por webstreaming.
Com o objetivo de aproximar o meio académico ao setor, as conferências terão lugar em vários estabelecimentos de ensino, como a UTAD em Vila Real, o Instituto Politécnico de Beja e a Universidade do Algarve, a quem a CAP agradece a disponibilidade e interesse demonstrados. Serão oradores nestes eventos os reitores destes espaços académicos, bem como representantes da Comissão Europeia, do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura, a que se juntarão jovens agricultores, deputados da Assembleia da República, e eurodeputados do Parlamento Europeu e o secretário de estado da Agricultura. A Ministra da Agricultura, Maria de Céu Antunes será a convidada de honra.
Ao nível Europeu, há 1 agricultor com menos de 35 anos por cada 9 com idade superior a 55 anos. Em alguns Estados-membros como Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido e Bulgária, essa proporção é ainda mais baixa (3 para 20), no entanto existem países como a Polónia, Áustria e Alemanha em que há 1 jovem agricultor por cada 6 com mais de 55 anos. Estas diferenças entre países explicam-se fundamentalmente pela existência de quadros legislativos favoráveis que souberam promover a renovação de gerações nas zonas rurais, através de incentivos à transmissão das explorações agrícolas, e não é por acaso que estes países tem um sector agrícola pujante e moderno.
A questão da renovação geracional continua a ser problemática não só em Portugal como em toda a Europa. Apesar dos apoios existentes, continuam a sentir-se muitas dificuldades na atração de jovens ao setor e na capacidade de concretizar projetos sólidos e que persistam no tempo. Este é, e de ser cada vez mais, um importante instrumento para inverter o abandono das zonas rurais em Portugal, e na Europa.
A formação e as novas tecnologias ao serviço dos jovens agricultores são a base para o desenvolvimento do espírito empresarial. Não basta aos jovens uma formação teórica e pouco atualizada, é necessária uma assistência constante e profissional, adaptada às necessidades reais da sua atividade. É também fundamental atrair os jovens para a sua participação no sector associativo, só assim se preparam hoje os líderes do futuro.
Ninguém questiona o carácter estratégico da agricultura, mas o processo de abandono da atividade agrícola parece não ter fim. É urgente lançar, no âmbito da reforma da PAC, uma profunda reflexão sobre as orientações necessárias para tornar a agricultura atraente e garantir a sua rentabilidade. Se os jovens, e os menos jovens, não encontrarem um ambiente favorável para exercer a sua profissão, todas as medidas específicas e bem-intencionadas sobre instalação, formação, transferência de propriedade e fiscalidade serão em vão.
O Concurso Nacional de Jovens Agricultores e o ciclo de conferências, com abrangência nacional, apresentam-se como uma oportunidade de diálogo e reflexão junto dos jovens agricultores portugueses.
A discussão do novo quadro comunitário é clara quanto à intenção de rejuvenescimento dos agricultores. No entanto, a execução tem de ser ajustada à nossa realidade. Só desta forma garantimos uma política que aborda os problemas demográficos endógenos da agricultura portuguesa. O que os agricultores reivindicam, é um nível de vida similar ao das outras atividades económicas, como o comércio, indústria e serviços. Os jovens agricultores defendem uma discriminação positiva nas políticas, de forma a terem oportunidade de iniciar a sua vida laboral de uma forma digna e rentável.
A cerimónia de entrega de prémios do concurso irá decorrer no próximo dia 10 de Dezembro na sede da CAP em Lisboa.
A informação geral sobre o concurso encontra-se em: https://www.jovemagricultordoano.com
https://www.cap.pt/iniciativas/concurso-jovens-agricultores
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